Você não pode fazer cócegas em si mesmo – a sensação simplesmente não é igual. Da mesma forma, você não ousa fazer cócegas em alguém que nunca viu antes. Tendo isso em vista, um cientista sugere que fazer cócegas pode ter um propósito evolutivo.
Robert R. Provin é um neurocientista da Universidade de Maryland que acredita que as cócegas fazem parte de um comportamento social entre membros próximos de famílias e de companheiros próximos que ajuda a estabelecer laços mais fortes. Ele até mesmo observou esse comportamento em outros primatas.
A risada como resposta às cócegas começa já nos primeiros meses de vida de um bebê – é uma das primeiras formas de comunicação da criança com sua família. Os pais fazem cócegas em um bebê e são estimulados a continuar com o processo porque escutam sua risada. As crianças também fazem cócegas uma nas outras, e Provin acredita que, nesse caso, elas não estão apenas formando amizades, como testando seus reflexos (as partes do corpo nas quais normalmente sentimos cócegas – o pescoço, a barriga e as costelas – são também as mais vulneráveis em um potencial combate).
As crianças então aprenderiam a se proteger melhor com uma brincadeira inocente, como fazer cócegas.
Estranhamente as cócegas parecem durar nas pessoas até, aproximadamente, os 40 anos. Depois disso a sensação acaba. Os cientistas ainda não sabem o motivo.
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