Hoje é difícil de imaginar, mas, segundo uma análise recente baseada em tendências de tabagismo e preços de cigarros nos últimos 50 anos, o uso generalizado do cigarro pode se extinguir até 2050.
Ambos os fatores culturais e econômicos conduzirão à extinção de cigarros. Muitos estudos médicos vêm revelando os impactos negativos do fumo e, posteriormente, muitos locais públicos estão proibindo o tabaco. Assim, a prevalência de fumantes diminuiu de forma constante nos últimos 50 anos.
Na Grã-Bretanha, por exemplo, mais de metade da população fumava em 1960. Em 2008, esse número caiu para cerca de 20%. Os EUA enfrentaram queda parecida: atualmente, apenas um em cada cinco americanos fuma, em comparação com quase um em cada quatro uma década atrás.
Em algum momento, os principais mercados de tabaco quase faliram. Por enquanto, o aumento do preço por pacote manteve o crescimento de lucro das empresas em meio ao forte declínio de fumantes, mas, eventualmente, pode haver muito poucos fumantes para que o mesmo truque salve o negócio. Na maioria dos países desenvolvidos, a venda de cigarros deve perder seu valor até 2050.
O relatório prevê três tipos de cenário nas quais as taxas de tabagismo vão diminuir ou se extinguir: no cenário A, a tendência de diminuição existente se estende até atingir zero. No cenário B, as pessoas gradualmente desistem de fumar, até nos aproximamos a uma espécie de “núcleo de fumantes”, aquele grupo rígido que pode se extinguir eventualmente. No cenário C, o fumo chega a um ponto de inflexão, se torna cada vez mais inaceitável e, portanto, fica mais fácil regular contra o tabaco, que pode chegar a ser totalmente proibido.
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